Demonologia - Batalha Espiritual

Posted by Adoradora | | Posted on 02:51


BATALHA ESPIRITUAL
Sob este tema queremos analisar o que se refere à luta do cristão contra o mal,
ou contra o diabo e contra os demônios.
Dois temas que estão interligados, porém são distintos: Exorcismo e Batalha
Espiritual. Mas a luta entre a Igreja e Satanás não se enquadra em uma área
somente, muito embora a demonologia bíblica, que por sua vez é um departamento
da angeologia, (o estudo dos anjos bons e maus) certamente seja a principal área
afim. O fato é que os ensinos e práticas da "batalha espiritual" levantam questões
sérias relacionadas com diversas áreas do nosso conhecimento de Deus.
3.1- A mania “diabológica” nas igrejas
Existem várias razões para essa preocupação. Uma delas é que o movimento,
onde tem ganhado a adesão de pastores e comunidades, tem produzido um tipo de
cristianismo em que a atividade satânica se tornou o centro e mesmo a razão de ser
da existência destes ministérios e igrejas. A preocupação com Satanás, a ponto de
ser mencionado mais que Deus e Jesus tem se tornado comum atualmente.
A atividade dos demônios é real, e a Bíblia dá instruções para lidarmos com o
assunto. A Bíblia apresenta a Batalha Espiritual em três frentes: o mudo, a carne e o
diabo. Cada uma delas precisa ser levada a sério, e para cada uma há uma
estratégia de combate. Para combater os impulsos da carne veja 1 Co 10.13.
Interessante que as maldições sejam um ponto em comum entre as pessoas que
lidam com o ocultismo, mas a Bíblia não ensina como “quebrar”, portanto
entendemos que os cristãos não deveriam se preocupar com isso. Pecados da
concupiscência, homicídio e ira são descritos no NT como pecados da carne (Tg
1.14) e não problema demoníaco, apesar de o diabo usá-los para tentar. O
cristianismo está eivado de superstições, baseadas em pensamentos e experiências
humanas, geralmente de pessoas que se converteram do ocultismo e ainda não
20
aprenderam a lutar com as “novas armas”, ou seja de realmente se desfazer dos
métodos ocultos em troca dos bíblicos. (Ice & Dean: 1995)
3.1.1- Muitos cristãos vivem derrotados
Os cristãos querem viver uma vida agradável a Deus porém todos enfrentam
lutas e oposições. Quando alguém se converte a Jesus, se torna inimigo de
Satanás, que é denominado de “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2), e “o deus
deste século” (2 Co 4.4). O cristão precisa saber como lutar nesta guerra. Satanás
tem dois aliados, o sistema mundano e a natureza pecaminosa. Quando nos
concentramos apenas na batalha contra satanás, deixamos vulneráveis outros dois
campos. A derrota dos crentes acontece porque muitos não conhecem a Bíblia e
baseiam sua vida em experiências humanas, ou interpretam a bíblia erroneamente.
Devemos verificar o que a Bíblia diz acerca da batalha espiritual. Infelizmente têm
invadido as igrejas uma maneira mundana, quase supersticiosa de entender a
batalha espiritual. (Ice & Dean: 1995)
3.1.2- Beirando o espiritismo
A Bíblia nos dá instruções suficientes para sermos vitoriosos na Batalha
Espiritual, o que não significa que temos acesso a todas as informações acerca do
assunto. Desde que nosso inimigo é invisível, muito mais poderoso, não podemos
confiar em métodos desenvolvidos pela nossa própria inteligência, mas confiar no
que diz a Escritura (Ef 6.12, 2 Tm 3.16s, 2 Pe 1.20, 2 Pe 1.3-4).
A possessão demoníaca pode ser usada como um meio de atrair a atenção,
que pessoas com profundos problemas emocionais podem apelar. (Ice & Dean:
1995)
O método de libertação que a Bíblia oferece é a verdade (Jo 8.32), que é Cristo
(Cl 1.13). Mais e mais crentes estão sem perceber o abandono das Escrituras como
suficiente para lidar com a questão, e buscando em experiências e informações
humanas. (Ice & Dean: 1995)
3.2- Movimento da Batalha espiritual
Quando começamos a estudar sobre “batalha espiritual”, o ensino com que
logo nos deparamos é o de que existem duas forças lutando entre si para ganhar a
posse das almas dos mortais.
21
O próprio Satanás está debaixo da soberania divina. A Igreja cristã sempre
entendeu que Satanás foi originalmente um dos anjos criados por Deus, talvez um
querubim de grande beleza e poder, que desviou-se do seu estado original de
pureza e motivado pela vaidade e pela soberba, rebelou-se contra Deus, desejando
ele mesmo ocupar o lugar da divindade (Isaías 14 e Ezequiel 28). Punido por Deus
com a destruição eterna, o anjo rebelde tem, entretanto, a permissão divina para agir
por um tempo na humanidade, a qual, através de seu representante Adão, acabou
por seguir o mesmo caminho do querubim soberbo. Pela permissão divina, Satanás
e os demais anjos que aliciou dos exércitos celestiais, cumprem nesse mundo
propósitos misteriosos, que pertencem a Deus apenas. Alguns deles transparecem
das Escrituras, que é o de servir como teste para os filhos de Deus e agente de
punição contra os homens rebeldes. (LOPES: Quatro Princípios...)
Assim, a Bíblia nos ensina que Satanás não pode atacar os filhos de
Deus sem a permissão dele. Foi somente assim que pode atacar o fiel Jó
(Jó 1.6-12; 2.1-7), incitar Davi a contar o número dos israelitas (1 Cr 21.1
com 2 Sm 24.1) e peneirar Pedro e demais discípulos (Lc 22.31-32). Os
crentes têm a promessa divina de que Ele só permitirá a tentação
prosseguir até o limite individual de cada um (1 Co 10.13), o que só faz
sentido se o Senhor tiver pleno controle sobre a atividade satânica.
(LOPES: Quatro Princípios...)
3.3- Fontes do Movimento da Batalha Espiritual
Rita Cabezas (1996) ensina a prática de descobrir nomes de demônios para
libertar as pessoas es estende também à prática de tentar descobrir o nome dos
espíritos territoriais, com base em práticas psicológicas e de libertação, recebimento
de palavras de revelação, nas experiências e em certos livros (Dicionário de deuses
e deusas, diabos e demônios; Paraíso perdido; O Peregrino). Estas atividades
chegam perigosamente perto do espiritismo, onde as informações são obtidas direta
ou indiretamente dos próprios demônios, como por exemplo de um ex-líder do
ocultismo. Satanás procura enganar os crentes envolvendo-os em áreas ilegítimas,
levando-os a serem usados para atingir os objetivos do próprio Satanás. Muitos
crentes estão dispostos a confiar em informações de ex-satanistas, sem analisar a
fundo, como no caso de John Todd, que inventava muitas coisas e seduzia jovens
evangélicas. (Ice & Dean: 1995)

Uma das mais sérias deficiências do livro "A Igreja e a Batalha Espiritual",
escrito por Neuza Itioka e em todo material dos adeptos dos ensinos de
espíritos territoriais dizem respeito às suas fontes. É surpreendente
encontrar nas notas bibliográficas fontes como "fatos constatados e
verificados nas ministrações pessoais", depoimentos pessoais, e
testemunhos de ex-pais de santos. É destas últimas "fontes" que Neuza
Itioka tira o fundamento para grande parte do seu livro. Por exemplo, a
sua convicção de que crentes verdadeiros podem ficar endemoninhados
baseia-se, não em exegese das Escrituras, mas na narrativa de várias
experiências que teve. Itioka freqüentemente menciona experiências
pessoais para provar suas convicções. Ela afirma, com base na sua
experiência de aconselhamento, que certos demônios "adquirem" o direito
de se sentarem no pescoço das pessoas. Com base em testemunhos, ela
afirma que as orações da Igreja diminuem o índice de criminalidade,
roubo e violência, que as entidades de uma rua podem ser atadas, etc.
(LOPES: Quatro Princípios...)
Em seu último livro (Desmascarado [São Paulo: Renascer, 1996])
Cabezas narra longos diálogos que teve com demônios (falando através
de pessoas endemoninhadas), os quais não somente lhe revelaram seus
nomes, como também lhe deram informações sobre outros demônios. Ela
afirma que não é correto basear sua teologia no que demônios dizem,
mas acrescenta “... tenho a impressão que aquele demônio dizia a
verdade..." (p.216). (LOPES: Quatro Princípios...)
3.4- Medo do diabo
O pensamento dualista têm como conseqüência o medo da derrota – apesar de
a Palavra de Deus ser clara a respeito da vitória do crente – e transforma a oração
em um mini-ritual mágico.
Este pensamento é uma constante na vida dos participantes do
movimento de batalha espiritual. Por isso, explicas-se a constante oração
por proteção e o ato “místico” de vestir a armadura espiritual. Estas
pessoas vivem em todo o tempo com medo do diabo, medo de dar
“legalidades” ao inimigo, medo de tudo. (LOPES: Quatro Princípios...)

Esta preocupação mostra-se evidente nas orações. Em uma apostila
sobre Batalha espiritual, a Missão Shekinah ensina seus alunos a orar da
seguinte forma: “Eu me cubro com o sangue do Senhor Jesus Cristo para
me proteger durante este período de oração... eu me cinjo com a verdade,
revisto-me da couraça da justiça, calço as sandálias da paz e coloco o
capacete da salvação. Levanto o escudo da fé contra todos os ardentes
dardos do inimigo e tomo em minha mão a espada do Espírito, que é a
Palavra de Deus, e uso a Tua Palavra contra todas as forças do mal em
minha vida”. (LOPES: Quatro Princípios...)
3.5- Exorcismo
Exorcismo é uma prática utilizada em todas as religiões, que consiste na
expulsão de maus espíritos através de vários métodos, como palavras “fortes” e
manipulações religiosas (de pessoas, animais e coisas) (WISSEN: Exorzismus) Uma
forma de magia em que se procura expulsar espíritos maus por meio de fórmulas e
cerimônias mágicas (At 19.13-16). (BOL - Dicionário Almeida SBB – EXORCISMO)
Por exemplo, na Mesopotâmia, primeiramente a feitiçaria (ca. 3500 a.C.),
depois o culto aos espíritos e mais tarde rituais de exorcismo forma muito populares.
Nas culturas egípcia, babilônica, assíria e judaica atribuíam-se certas
doenças e calamidades naturais à ação dos demônios. Para afastá-los,
recorria-se a algum esconjuro ou exorcismo. A cultura ocidental recebeu
essas idéias por intermédio da Bíblia e do cristianismo primitivo. (BARSA:
Exorcismo)
A prática católica do exorcismo é descrita pela Barsa, como segue.
Quando objetiva a expulsão de demônios, chama-se "solene" e deve
fazer-se de acordo com fórmulas consagradas, que incluem aspersão de
água benta, imposição das mãos, conjurações, sinais da cruz, recitação
de orações, salmos, cânticos etc. (BARSA: Exorcismo)
3.5.1- Exorcismo no Catolicismo
Curas e exorcismos eram comuns no tempo primitivo da igreja. Com o passar
do tempo e com a institucionalização da igreja, a função de exorcista passou de uma

função carismática para uma função institucionalizada e delimitada ritualisticamente
no “Rituale romanum”. (BARSA: Exorcismo)
Os exorcismo ordinários, que têm por objeto expulsar o demônio do corpo
de um possuído, são prática raríssima e só confiada, mediante permissão
episcopal, a sacerdotes muito experientes. (BARSA: Exorcismo)
O racionalismo do século XVIII desmistificou muitas coisas que eram tidas por
miraculosas. Também a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda no
século XIX desmistificou muita coisa. Deste modo a igreja Católica começou a
interpretar o exorcismo (ordinário na bênção da água batismal e na sagração dos
santos óleos) como um símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio.
(BARSA: Exorcismo)
3.5.2- Exorcismo cristão
Na religião cristã, exorcismo é uma cerimônia para expulsar os espíritos maus
dos corpos dos possessos ou parem de dominar sobre pessoas, coisas ou lugares.
(BARSA: Exorcismo)
Essencialmente o exorcismo cristão é nada mais, nada menos que expulsar
espíritos maus pelo poder de Deus (Mt 10.8; 12.28; At 16.16-18). (BOL - Dicionário
Almeida SBB – EXORCISMO)
A contrapartida do exorcismo é a possessão. Alguns fatos acerca de
possessão que a pesquisa bíblica revela.
No AT é mencionado um “espírito mau de Deus” que se apodera de Saul
(1 Sm 16.6), e o atormenta (16.14; 18.10). Os adivinhos consideravam-se
dominados por um “espírito dos mortos” (28.7), que habitava neles
quando adivinhavam. O judaísmo rabínico atribuía diversas doenças,
sobretudo a epilepsia e semelhantes à possessão, ou pelo menos à
influência de maus espírito. Pode-se pensar, p.ex.., no mau espírito de
Tob 8.3; cf 3.8; 6.15. Os judeus conhecia toda a espécie de meios para se
defender contra a influência nefasta dos maus espíritos; os seus
exorcistas profissionais, que veneravam Salomão como seu padroeiro e
modelo, são mencionados também no NT (Mt 12.27; At 19.13s). (v. d.
Born: Demônios)

3.5.3- Exorcismos de Jesus
O N.T. se mantém numa linha na mesma opinião que os judeus da época e
logo anterior. O evangelho de Marcos é o que mais se detém neste ponto, relatando
de forma realista os exorcismos de Jesus. O que estes exorcismos significam: em
certos casos, expulsar o demônio do corpo de possessos ou lunáticos e em outros,
da cura de enfermidades atribuídas ao demônio (observe como se dá margem aos
dois lados).
É importante entendermos o significado que os evangelistas davam para estes
exorcismos de Jesus.
Os evangelistas se servem dessas vigorosas ilustrações para demonstrar
a vitória de Jesus sobre Satanás e também para mostrar como seu povo
se libertou do pecado: "É agora o julgamento deste mundo, agora o
príncipe deste mundo será lançado fora;..." (Jo 12:31). Assim, esses
milagres seriam também um sinal da instauração do reino de Deus: "Mas,
se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de
Deus já chegou a vós." (Mt 12:28). (BARSA: Exorcismo)
3.5.4- A obra de Satanás
Sabemos que Satanás tem poder e está ativo no mundo. Citamos alguns
exemplos das suas artimanhas.
Sua maldade invisível (cf “poder das trevas” em Cl 1.13) está atrás da
traição de Judas (Lc 22.3; Jo 6.70; 13.2, 27); ele impugna a obra dos
discípulos de Jesus (Lc 22.31, a jovem comunidade cristã (At 5.3) a
pregação dos apóstolos (1Ts 2.18); até certas doenças lhe são inculpadas
(Lc 13.16; 1Co5.5;2Co12.7). Espreita as comunidades cristãs, mas na
forço da fé podem resistir-lhe (Rm 16.20; Ef 6.16; 1Pe 5.8 etc). (De Fraine
1987)
3.5.5- Prática a exemplo de Jesus e igreja primitiva
Aparentemente não temos instruções claras a respeito da batalha espiritual no
Novo Testamento. Esta aparente lacuna surge de uma falha de compreensão das
armas da batalha espiritual. O que muitas vezes têm sido feito é usar as mesmas
armas da batalha espiritual espírita (xamanismo) dentro do ambiente cristão, ou seja,

aplicação de fórmulas, palavras fortes, rituais e determinados objetos com o fim de
rechaçar as forças do mal, simplesmente maquiando a linguagem mágica com uma
terminologia evangélica. As armas que a Palavra de Deus nos oferece diferem
totalmente de tais coisas. Para destruir as obras do diabo, as armas que o cristão
dispõe são a fé em Cristo, que já as destruiu (“Para isto se manifestou o Filho de
Deus: para destruir as obras do diabo” 1 Jo 3.8) vida de santidade (“Todo aquele
que é nascido de Deus não vive na prática de pecado” 1 Jo 3.9), e além disso o
amor, o perdão, a confiança em Deus. O uso destas simples armas é difícil. É mais
fácil usar palavras fortes contra o diabo que tenta destruir um casamento, do que
amar o cônjuge, de nada adiantará a “magia cristã”, sem querer aprender de Cristo o
amor, o sacrifício, e a obediência. Cristo também derrotou o inimigo através do
conhecimento da Palavra de Deus (“Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás,
porque está escrito (...)” Mt 4.4, 7 e 10).
3.6- As armas de Deus
O autor Clériston Andrade (2004) faz uma explanação acerca das armas da
batalha espiritual, num estudo exegético de Efésios 6.13-18. Citamos alguns
parágrafos.
A verdade de Deus; ou seja, a verdade cristã, o conjunto das doutrinas
cristãs, que é o que sustenta tudo o mais - segundo o mesmo uso que
palavra denota em Ef 4: 15.
A justiça - A couraça (...) Paulo, ao usar esta peça, como metáfora, para
exemplificar a justiça, tinha em mente a justificação. Em Rm 8, Paulo
comenta que nada poderá condenar o crente, pois é Deus quem o
justifica. Isso quer dizer que (1) não podemos confiar em nossa própria
justiça, ou santidade, para vencer o inimigo, mas confiar na justiça que
vem de Deus, através do sacrifício de Jesus; por isso, é que nada, nem
anjos nem potestades, poderá nos separar do amor de Deus. (2) Quando
somos justificados, o Espírito Santo opera em nós a obra da santificação;
uma obra conjunta com o crente, no qual, este, assume, de forma gradual,
o caráter de Cristo, em particular, o caráter justo, íntegro - Paulo aplica
este termo, desta forma, em Ef 4:24 e 5:9.

O Evangelho da paz - A sandália romana, usada como figura pelo
apóstolo Paulo, era feita de couro e possuía vários cravos, formando uma
camada espessa. Esta peça tinha a finalidade de proteger os pés do
soldado, onde quer que ele fosse. Para esta peça, são usadas algumas
interpretações, como a que diz que Paulo está referindo-se ao
evangelismo.
A fé - O escudo (...) Aqui, o apóstolo Paulo, refere-se a fé salvífica, de
acordo com o contexto de Ef 1:15, 2:8; 3:12, que produz entrega total da
alma do crente a Cristo. É a crença que Cristo, como Senhor, domina,
controla e dirige todos os aspectos da vida do crente. Esta fé tem a
eficácia de anular os dardos inflamados o maligno.
3.7- Pela fé em Cristo o cristão venceu o diabo e seus “anjos”
O autor v. d. Born, comparando a literatura rabínica e o NT, conclue que neste
os demônios são vistos de forma secundária. Há muitas narrativas sobre
exorcismos, mas dentro de um contexto bem maior.
Além disso, no NT percebemos que a luta contra os demônios não é uma
questão mágica, mas uma verdadeira luta no plano moral, cujo objetivo se relaciona
com a salvação do homem. Pela fé em Cristo o medo contínuo, tão característico
naqueles tempos, é vencido. (v. d. Born: Demônios).
O próprio Satanás está na condição de vencido.
Cristo, porém, expulsa-o de seu domínio (Mt 12.28ss par.; Jo 12.31). Essa
vitória começou em princípio com a vinda de Cristo à terra (Lc 18.10) e
sua morte na cruz (Jo 12.31; e é completada na parousia (Ap 12.12);
Manifesta-se visivelmente nos exorcismos no evangelho (...). Por isso
Satanás dirige seus ataques contra o Reino de Deus, iniciado na pessoa
de Jesus (a tentação de Jesus Mt 4.1ss par.). (De Fraine 1987: Satanás)
De Fraine conclue a partir da análise destes textos que o NT realmente afirma
a existência do poder do mal personificado. Outras interpretações do significado de
Satanás no NT seriam distorções.(De Fraine 1987: Satanás)
Nos últimos dias, depois de ter estado amarrado durante o reino milenar,
reduplicará suas tentativas de destruir o reino de Deus e de seduzir os

povos (Ap 20.7s); o Anticristo é apenas seu instrumento (2Ts 2.9). Mas
então segue sua queda definitiva no lago de fogo (Ap 20.10; Jd 6; 2Pe
2.4). (De Fraine 1987: Satanás)

Comments (0)

Postar um comentário