Demonologia parte 1 b

Posted by Adoradora | | Posted on 02:40

1- DEMONOLOGIA GERAL

No decorrer da pesquisa nos defrontamos com o fato de que a demonologia é um estudo que não se restringe ao cristianismo. Demônios à parte do cristianismo são entendidos como seres espirituais, q Na linguagem popular, Demônio é um ser, pessoa ou coisa que representa um perigo insuperável. Também outros sentidos da palavra “Demônio”: diabo, espírito mau, ser sobrenatural, bom ou mau espírito. (WISSEN: Dämonologie)

Ao contrário do que muitos imaginam, demonologia (do grego daimon,"divindade", "gênio", "espírito supra-humano", e logia, "ciência") não é exclusivamente o estudo dos espíritos malignos. Essa acepção prevalece na teologia cristã; em outras tradições metafísicas a demonologia estuda todos os entes sobrenaturais, supra-humanos mas abaixo de Deus, sejam eles benfazejos ou malfazejos. (BARSA: Demonologia) Temos que distinguir dois pontos de vista sobre o assunto: o ponto de vista das religiões em geral, e o ponto de vista da religião cristã. Nas religiões em geral, o termo descreve o estudo de seres espirituais, enquanto que no ensino cristão, “o ensino de poderes pessoais, criaturas malditas por Deus por causa de sua maldade”. (WISSEN: Dämonologie) Uma pergunta que procuramos responder no ecorrer desta monografia é, se estes espíritos podem compreendidos como a mesma coisa que a Bíblia denomina demônios. O que são os demônios? A enciclopédia alemã Wissen dá uma o comentando o significado dos mesmos na história das civilizações. Força sobrenatural ou subterrânea cujo ser não é tão palpável como o dos deuses, que geralmente é anônimo, ao lado dos deuses surge co Cada aparição que não pode ser explicada naturalmente nem divinamente pode ser uma aparição demoníaca. No imaginário popular de todas as épocas e culturas os demônios têm ação significativa. (WISSEN:Dämon)
O termo “demônio” na antigüidade era usado para referir-se a deuses e semideuses
(homens sobrenaturais), como por exemplo Homero. Para Platão os
demônios eram os responsáveis pela comunicação entre os deuses e os homens. A
origem dos demônios era entendida como espíritos de heróis da antigüidade que
agora servem como divindades protetoras, semelhantemente aos santos romanistas
atuais. (WISSEN: Dämon)
Com a palavra daimónion, as crenças populares gregas descrevia espíritos de falecidos que dispunham de poderes sobrenaturais e que intervinham na natureza e sobre os homens de forma sobrenatural. Contra estes ataques o homem precisava se defender através da magia. Mais tarde a filosofia grega os elevou a semi-deuses, ou seja, intermediários entre os deuses e os homens. (v. d. Born: 1987: Demônios) A título de exemplos destes demônios, em antigas sagas alemãs há referências a vários, como o “Caçador Selvagem”, “Rubezal” ou o “Monge montês”. Também nas sagas orientais aparecem os “Djins”. (WISSEN: Dämon)

1.1.1.1- Mitologia Judaica
Na mitologia judaica aparecem os “sedim”, que são descritos de forma semelhante aos demônios gregos, veja Dt 32.17 e Sl 106.37 (deuses dos Cananeus), e “Seirim” (cabeludo), espécie de sátiros do deserto e de ruínas. Em Is 13.21; 34.14 (cf Ap 18.2) adquirem conotação mitológica. Além disso é mencionado em Is 34.14 um ser feminino de nome Lilith, que também era conhecido na abilônia. (v. d. BORN 1987: Asmodeu Já nos apócrifos, os demônios são descritos como seres debaixo da autoridade
de Satanás, que, antes de inspirar medo, são vistos como sedutores e inimigos de Deus. Descritos como anjos maus ou anjos caídos, punidos por um pecado, talvez o da sensualidade (Gn 6.1-4) ou a rebeldia contra Deus. (v. d. BORN 1987: Demônios) Na literatura rabínica eles são geralmente denominados “espírito imundo”, e são vistos como muito prejudiciais ao homem. Foram inventadas toda espécie de precauções contra eles. Apesar disso se proibia o exorcismo, mas às vezes era
praticado. (v. d. BORN 1987: Demônios)

Um dos demônios descritos na literatura rabínica é chamado Asmodeu (gr.Asmódaus), o qual teria matado os sete maridos da filha de Raquel (Tb 3.8). Rafaelaconselhou Tobias que “colocasse em cima  de carvões com Brasa um pedacinho do oração ou do fígado de um peixe do Tigre; A fumaça expulsaria todos os maus espíritos, tanto dele como da mulher (6.8; 8.2)”. (v. d. BORN 1987: Asmodeu)
 
1.1.1.2- Idade Média
Na Idade Média a Igreja (Romana) reprimia severamente tudo que se relacionasse com o demônio, chegando ao extremo com a queima de bruxas e feiticeiras pelo tribunal do Santo Ofício durante os séculos XV a XVII. Inclusive houve um livro, “Malleus maleficarum” (martelo das feiticeiras), lançado pelos monges dominicanos Heinrich Kraemer e Jakob Sprenger, um verdadeiro manual de “Caça às Bruxas”, onde se explicava o modo de identificar, capturar e punir os adeptos da bruxaria. (BARSA: Demonologia) Um dos aspectos mais conhecidos da magia européia, divulgado e combatido pela Igreja Católica, é a prática herética de fazer pactos com os espíritos malévolos. (BARSA: Magia). Na literatura ocidental os temas demonológicos vêm tendo relevância desde a Divina Comédia, de Dante (descreve o céu e o inferno, detalhando sua hierarquia). Também a noção de “vender a alma ao diabo” foi aproveitado muito bem por Göethe, em Fausto. Outro ramo das artes onde o tema demonologia se destacou foram a pintura e escultura, de tradição católica. (BARSA: Demonologia)
 
1.1.1.3- Estudos demonológicos
Entre aqueles que se dedicaram a estudar o tema, destacamos J. Prätorius, cidadão de Leipzig (Alemanha), o qual colecionou entre 1662 e 1672 uma série de sagas que haviam surgido no século XV na área das montanhas Isers, em torno de um espírito da montanha que aparecia de diversas maneiras, denominado “Rübezahl”. (WISSEN: Rübezahl)
1.2- Demonologia Bíblica
Na religião cristã a ação de anjos e demônios (a tensão entre “luz” e “trevas”) tem grande relevância. Numa primeira fase de terminologia, vamos dividir o assunto em duas partes, Satanás e demônios, pois há uma clara diferenciação entre estes dois termos.
1.2.1- Satanás
Exitem vários nomes para este personagem, os principais são “O Diabo”, “Satanás” e “Lúcifer”. A palavra diabo significa enganador ou caluniador. É o inimigo, ou seja o inimigo de Deus e dos cristãos, e de todas as pessoas. Uma distinção muito importante é que, apesar de ter certo poder, não é onipotente. O NT geralmente usa o termo no singular, porque nas LXX é usada para traduzir o hebraico “Satan”. Desta forma fica claro que Diabo não é o mesmo que demônio, termo este que é usado comumente no plural. Não é correto falarmos de “diabos”, pois só existe um, ou seja, Satanás. (BOL dicionário Almeida: DIABO, e v. d. Born 1987: Demônios). No hebraico o verbo Satan significa incomodar. É adversário em geral, especialmente o que no tribunal tem o papel de acusador. Satanás propriamente é um ser sobre-humano que age no sentido de acusar e contrariar os homens diante
de Deus, como por exemplo no livro de Jó e em Zc 3.1s. Também age como tentador, como por exemplo em Gn 3. Deve ficar claro que a figura de Satanás não é uma questão de dualismo entre o bem e o mal.



1- DEMONOLOGIA GERAL
No decorrer da pesquisa nos defrontamos com o fato de que a demonologia é um estudo que não se restringe ao cristianismo. Demônios à parte do cristianismo são entendidos como seres espirituais, que podem ser maus ou bons. Na linguagem popular, Demônio é um ser, pessoa ou coisa que representa um perigo insuperável. Também outros sentidos da palavra “Demônio”: diabo, espírito mau, 2 ser sobrenatural, bom ou mau espírito. (WISSEN: Dämonologie) Ao contrário do que muitos imaginam, demonologia (do grego daimon, "divindade", "gênio", "espírito supra-humano", e logia, "ciência") não é exclusivamente o estudo dos espíritos malignos. Essa acepção prevalece na teologia cristã; em outras tradições metafísicas a demonologia estuda todos os entes sobrenaturais, supra-humanos mas abaixo de Deus, sejam eles benfazejos ou malfazejos. (BARSA: Demonologia) Temos que distinguir dois pontos de vista sobre o assunto: o ponto de vista das  religiões em geral, e o ponto de vista da religião cristã. Nas religiões em geral, o termo descreve o estudo de seres espirituais, enquanto que no ensino cristão, “o ensino de poderes pessoais, criaturas malditas por Deus por causa de sua maldade”. (WISSEN: Dämonologie) Uma pergunta que procuramos responder no decorrer desta monografia é, se estes espíritos podem compreendidos como a
mesma coisa que a Bíblia denomina demônios. O que são os demônios? A enciclopédia alemã Wissen dá uma opinião, comentando o significado dos mesmos na história das civilizações. Força sobrenatural ou subterrânea cujo ser não é tão palpável como o
 os deuses, que geralmente é anônimo, ao lado dos deuses surge como acaso imprevisível com intenções boas ou más pelos seres humanos. Cada aparição que não pode ser explicada naturalmente nem divinamente pode ser uma aparição demoníaca. No imaginário popular de todas as épocas e culturas os demônios têm ação significativa. (WISSEN:
Dämon) O termo “demônio” na antigüidade era usado para referir-se a deuses e semideuses
(homens sobrenaturais), como por exemplo Homero. Para Platão os demônios eram os responsáveis pela comunicação entre os deuses e os homens. A origem dos demônios era entendida como espíritos de heróis da antigüidade que agora servem como divindades protetoras, semelhantemente aos santos romanistas atuais. (WISSEN: Dämon) Com a palavra daimónion, as crenças populares gregas descrevia espíritos de falecidos que dispunham de poderes sobrenaturais e que intervinham na natureza e sobre os homens de forma sobrenatural. Contra estes ataques o homem precisava se defender através da magia. Mais tarde a filosofia grega os elevou a semi-deuses, ou seja, intermediários entre os deuses e os homens. (v. d. Born: 1987: Demônios) A título de exemplos destes demônios, em antigas sagas alemãs há referências a vários, como o “Caçador Selvagem”, “Rubezal” ou o “Monge montês”. Também nas sagas orientais aparecem os “Djins”. (WISSEN: Dämon)

1.1.1.1- Mitologia Judaica
Na mitologia judaica aparecem os “sedim”, que são descritos de forma semelhante aos demônios gregos, veja Dt 32.17 e Sl 106.37 (deuses dos Cananeus), e “Seirim” (cabeludo), espécie de sátiros do deserto e de ruínas. Em Is
13.21; 34.14 (cf Ap 18.2) adquirem conotação mitológica. Além disso é mencionado
em Is 34.14 um ser feminino de nome Lilith, que também era conhecido na
Babilônia. (v. d. BORN 1987: Asmodeu)
Já nos apócrifos, os demônios são descritos como seres debaixo da autoridade
de Satanás, que, antes de inspirar medo, são vistos como sedutores e inimigos de
Deus. Descritos como anjos maus ou anjos caídos, punidos por um pecado, talvez o
da sensualidade (Gn 6.1-4) ou a rebeldia contra Deus. (v. d. BORN 1987: Demônios)
Na literatura rabínica eles são geralmente denominados “espírito imundo”, e
são vistos como muito prejudiciais ao homem. Foram inventadas toda espécie de
precauções contra eles. Apesar disso se proibia o exorcismo, mas às vezes era
praticado. (v. d. BORN 1987: Demônios)
Um dos demônios descritos na literatura rabínica é chamado Asmodeu (gr.
Asmódaus), o qual teria matado os sete maridos da filha de Raquel (Tb 3.8). Rafael
aconselhou Tobias que “colocasse em cima de carvões com Brasa um pedacinho do
coração ou do fígado de um peixe do Tigre; A fumaça expulsaria todos os maus
espíritos, tanto dele como da mulher (6.8; 8.2)”. (v. d. BORN 1987: Asmodeu)
1.1.1.2- Idade Média
Na Idade Média a Igreja (Romana) reprimia severamente tudo que se
relacionasse com o demônio, chegando ao extremo com a queima de bruxas e
feiticeiras pelo tribunal do Santo Ofício durante os séculos XV a XVII. Inclusive
houve um livro, “Malleus maleficarum” (martelo das feiticeiras), lançado pelos
monges dominicanos Heinrich Kraemer e Jakob Sprenger, um verdadeiro manual de
“Caça às Bruxas”, onde se explicava o modo de identificar, capturar e punir os
adeptos da bruxaria. (BARSA: Demonologia)
Um dos aspectos mais conhecidos da magia européia, divulgado e combatido
pela Igreja Católica, é a prática herética de fazer pactos com os espíritos malévolos.
(BARSA: Magia)
Na literatura ocidental os temas demonológicos vêm tendo relevância desde a
Divina Comédia, de Dante (descreve o céu e o inferno, detalhando sua hierarquia).
Também a noção de “vender a alma ao diabo” foi aproveitado muito bem por
Göethe, em Fausto. Outro ramo das artes onde o tema demonologia se destacou
foram a pintura e escultura, de tradição católica. (BARSA: Demonologia)
1.1.1.3- Estudos demonológicos
Entre aqueles que se dedicaram a estudar o tema, destacamos J. Prätorius,
cidadão de Leipzig (Alemanha), o qual colecionou entre 1662 e 1672 uma série de
sagas que haviam surgido no século XV na área das montanhas Isers, em torno de
um espírito da montanha que aparecia de diversas maneiras, denominado
“Rübezahl”. (WISSEN: Rübezahl)
1.2- Demonologia Bíblica
Na religião cristã a ação de anjos e demônios (a tensão entre “luz” e “trevas”)
tem grande relevância. Numa primeira fase de terminologia, vamos dividir o assunto em duas partes, Satanás e demônios, pois há uma clara diferenciação entre estes
dois termos.
1.2.1- Satanás
Existem vários nomes para este personagem, os principais são “O Diabo”,
“Satanás” e “Lúcifer”. A palavra diabo significa enganador ou caluniador. É o inimigo,
ou seja o inimigo de Deus e dos cristãos, e de todas as pessoas. Uma distinção
muito importante é que, apesar de ter certo poder, não é onipotente. O NT
geralmente usa o termo no singular, porque nas LXX é usada para traduzir o
hebraico “Satan”. Desta forma fica claro que Diabo não é o mesmo que demônio,
termo este que é usado comumente no plural. Não é correto falarmos de “diabos”,
pois só existe um, ou seja, Satanás. (BOL dicionário Almeida: DIABO, e v. d. Born
1987: Demônios).
No hebraico o verbo Satan significa incomodar. É adversário em geral,
especialmente o que no tribunal tem o papel de acusador. Satanás propriamente é
um ser sobre-humano que age no sentido de acusar e contrariar os homens diante
de Deus, como por exemplo no livro de Jó e em Zc 3.1s. Também age como
tentador, como por exemplo em Gn 3. Deve ficar claro que a figura de Satanás não é
uma questão de dualismo entre o bem e o mal.
A despeito da clareza que a Palavra de Deus quanto à onipotência de Deus
muitos evangélicos estão agindo dentro do pensamento dualista, entendendo que
Deus e Satanás são forças iguais, porém opostas, e a todo o momento o Reino de
Deus está ameaçado pela derrota, estando os cristão chamados a uma guerra para
defender a soberania de Deus e seus territórios neste mundo.
No judaísmo rabínico se distinguia entre Satanás e outros anjos caídos.
Ele recebe outros nomes como Belial e Sammael (“veneno de Deus”?),
visando perturbar a relação entre Deus e seu povo, através da tentação
ao pecado, e tentar impedir o plano salvífico de Deus. (De Fraine 1987:
Satanás)
No NT recebe vários nomes, Satanás, Satã, Diabo, Belial, Belzebu. Recebe também títulos como O príncipe deste mundo, acusador, maligno, inimigo. O conceito que o NT transmite é o seguintes aspectos: anjo caído (2Pe 2.4; Jd 6), o grande adversário de Deus e senhor deste mundo. O armado forte (Mt 12.29 par). O seu escopo é tentar os homens (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; 1 Co 7.5) e perdê-los (Jo 8.44). pela sua própria culpa tornam-se seus escravos (Hb 2.14; 1 Jo
3.8,10). O pecado é a própria esfera em que ele vive (1 Jo 3.8) ele é sua origem (2 Co 11.3; Jo 8.44), instigador (1 Ts 3.5; Mt 4.1 ) e perpetuador (Ef 2.2). Os maus espíritos lhe são submissos (Mt 25.41; 2 Co 12.7 Ef 2.2; 6.12 Ap 10.9). Ele está atrás do paganismo com sua idolatria e magia (At
13.10), é o príncipe (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 1 Jo 5.19) e até o deus deste
mundo (2 Co 4.4). S. É chamado também serpente, como em Sab 2.24 (2
Co 11.3; Ap 12.9). (De Fraine 1987: Satanás)
Também comumente se refere a ele como LÚCIFER. Este nome na verdade
não aparece na Bíblia, mas na tradução chamada Vulgata (Latim), em Is 14.12 é
usado referindo-se ao Rei da Babilônia. A palavra em si significa “fonte de luz”, e
trata-se do planeta Vênus (estrela da manhã, cujo brilho desaparece com o nascer
do sol). Muitos entendem que é uma referência a Satanás, e dali temos o nome
Lúcifer usado nos dias de Hoje. (Dicionário Almeida: Satanás)
A origem de Satanás está ligada à origem do mal. Por Ezequiel 28:11-14
entendemos que é um ser muito glorioso criado por Deus, Ele era o anjo guardião no
monte santo de Deus (céu), no meio dos cidadãos celestiais (anjos). Também
entendemos o pecado que levou Lúcifer à queda: o orgulho (Ez 28.15-17). Satanás
não é Deus (como Jesus), porém tinha uma posição muito alta no céu (Ez 28.14,15),
porém de lá foi expulso.

1.2.2- Demônios e espíritos
A palavra espírito tem vários significados gerais. Nesta monografia estamos
estudando dois dos significados do termo, ou seja: “Ser não-material maligno que
prejudica as pessoas”, e “Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hb 1.14;
veja anjo)” (Dicionário Almeida). Nota-se que o sentido (mesmo na Bíblia) da palavra
espírito pode ser bom ou mau. Os maus espíritos são chamados demônios.
O Dicionário Almeida define demônio como “Espírito imundo (Lc 9.1), muito
astuto, que se opõe a Deus e ataca as pessoas com todo tipo de males (Mc 7.26)”.
Os demônios atentam contra a fé dos crentes e até mesmo podem incomodar
alguém corporalmente (2 Co 12.7). Os demônios estão subordinados a Satanás. Os
demônios são denominados “espíritos imundos”. (v. d. Born 19987: Demônios)
1.2.2.1- Sua existência

Uma pergunta que também precisa ser respondida: será que de fato existem
demônios? Quanto a isso podemos dizer que Jesus reconheceu sua existência, por
exemplo em Mt 12.27,28, falando deles e para eles. Também os discípulos de Cristo
atestaram a existência, por exemplo em Lc 10.17 e o apóstolo Paulo, por exemplo
em 1 Co 10.20,21, neste texto inclusive há advertência contra eles. Também o
apóstolo Tiago, em Tg 2.19 comenta que os mesmos até crêem em Deus. Desta
forma fica estabelecido que a fé cristã reconhece sua existência.

1.2.2.2- Sua Natureza
Outra pergunta se refere a que tipo de criatura são os demônios.
Primeiramente notamos que eles têm inteligência e personalidade (Mt 8. 29,31), são
seres espirituais, o mesmo que espírito imundo (Lc 9.38,39,42). São destituídos de
corpos (Mc 5.10-13), mas necessitam de um para repousar.
1.2.2.3- Número
Ainda há que se analisar a questão de sua quantidade. Alguns textos bíblicos
apontam para uma grande quantidade, como Mc 5.9 (no mínimo 2000, para entrar
nos porcos). Os demônios são tantos que através deles Satanás pode se tornar
“onipresente”.
1.2.2.4- Culto a demônios
No NT afirma que o culto aos ídolos se dirige aos demônios. (v. d. Born 1987:
Demônios), conforme também o AT.
Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as
sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos
demônios. (1 Coríntios 10:20)
Em Lv 17.7 e 2 Cr 11.15 o termo indica os deuses dos cananeus, conforme as
idéias mais evoluídas do AT. Os deuses dos pagãos não são nada, e a idolatria em
última análise dirige-se aos demônios (Sl 96.5 e Bar 4.7). (v. d. BORN 1987:
Demônios)
Levítico 17:7 Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demônios,
com os quais eles se prostituem; isso lhes será por estatuto perpétuo nas
suas gerações.

Deuteronômio 32:17 Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a
deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos
quais não se estremeceram seus pais.
Salmos 106:37 pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios
Aqui temos explicações acerca da gravidade da idolatria e também acerca do
significado da mesma, e principalmente, o que interessa a nossa monografia, uma
das formas como as pessoas são escravizadas a demônios

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