Demonologia parte 2- Invocação de Espiritos

Posted by Adoradora | | Posted on 02:45

2- INVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS
A Bíblia condena a invocação de espíritos por entender que isto é invocação de
demônios, ou seja, toda a invocação de espíritos é invocação de espíritos malignos.
Em outras religiões existe a distinção entre espíritos malignos e benignos.
No andamento da pesquisa, as referências aos demônios e espíritos
apontavam para diversas formas mágicas e religiosas, que abaixo abordamos
separadamente, pois são assuntos distintos, ligados pelo ponto comum da
comunicação com espíritos, sejam eles pretensamente de pessoas mortas, anjos,
etc. Repare como sempre aparece a expressão “contato com espíritos”. Na verdade
estes diversos temas se interrelacionam, nem sempre é fácil fazer a distinção clara
até onde vai um e onde começa o outro.
2.1- Xamanismo
É uma experiência mística de algumas religiões primitivas, onde o centro é o
Xamã, pessoa que se acredita capaz de curar e se comunicar com espíritos. Seus
poderes se devem ao êxtase e ao estado de transe. Algumas vezes é todo um
sistema religioso, outras vezes somente parte de um sistema. (BARSA: Xamanismo)
É a raiz de toda a forma de magia, de diversas maneiras floresceu no mundo
todo, desde a idade da pedra, dando origem a vários cultos e religiões. O
Xamanismo moderno tem raízes fortes. A Pessoa principal no Xamanismo é o
Xamã, com funções de curandeiro, sacerdote e cura de almas.
O Shamã é uma espécie de curandeiro, com poderes especiais nos
planos sutis. O Shamanismo caracteriza-se pela habilidade do Shamã
entrar em transe com grande facilidade, sempre que deseja. (Casa do
Bruxo)

Geralmente o Xamã é vocacionado hereditariamente ou por dons de liderança.
Depois disso é preparado por um mestre que lhe ensina o êxtase, as mitologias, “os
nomes e as funções dos espíritos, os meios de cura, o domínio do fogo e o
tratamento que deve dispensar aos deuses, aos demônios, às almas dos mortos e
aos espíritos da natureza”. O fenômeno aparece desde o ártico, Ásia Central,
Sudeste Asiático, Oceania e até mesmo entre indígenas da América do Norte
(BARSA: Xamanismo)
2.2- Espiritismo sistematizado por Allan Kardec
A crença em espíritos foi sistematizada por Allan Kardek (cujo nome verdadeiro
era Hippolyte Léon Denizard Rivail), que viveu de 1804 a 1869. O espiritismo confere
um rosto “Científico” às práticas xamânicas e quiromânticas. É toda uma gama de
doutrinas que visam sistematizar o estudo dos espíritos e sua ação. É uma religião
pois propõe doutrinas e práticas. Se difundiu no mundo inteiro. No Brasil é
conhecido como “Espiritismo de Mesa Branca”. (BARSA: Demonologia)
A base do espiritismo é a mediunidade, ou seja, um “dom” que permite a
comunicação com os espíritos. (Hélio Marcos Júnior 2001: 42)
O espiritismo reconhece existência de espíritos malignos, porém interpreta de
forma diferente que o cristianismo. Allan Kardek até mesmo sugere um
“discernimento de espíritos” (entre bons e maus espíritos) baseando-se nos
seguintes critérios:
"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a dos
Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre,
lógica, isenta de contradições; respira a sabedoria, a benevolência, a
modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem palavras inúteis. Nos
Espíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos, o vazio das idéias é quase
sempre compensado pela abundância de palavras. Todo pensamento
evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho
ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim,
toda marca de malevolência, de presunção ou de arrogância, são sinais
incontestáveis de inferioridade num Espírito." (Hélio Marcos Júnior 2001,
citando Allan Kardec: 42)

2.3- Satanisno
Satanisno ou Magia Luciférica (Luciferianismo, Fraternitas Saturni – F.S.).
Centraliza suas práticas a Magia Sexual, a Magia Ritual e a Magia Eletrônica.
Busca-se elevar o espírito humano a uma condição de Divindade, alcançando o
mesmo estado que o da Divindade cultuada: Lúcifer, a oitava superior de Saturno,
cuja região central é o Dermurgo, e cuja oitava inferior é Satã, Satan, Shatan ou
Satanás. Portanto, (para a F.S.) Lúcifer e Satã são entidades distintas. Na F. S., há
33 graus, alguns mágicos, outros administrativos. (Casa do Bruxo)
2.4- Magia
Muitos relatos acerca da magia foram feitos por pessoas do mundo nãoocidental
que acreditam na magia, por exemplo Oceania e da África e de muitas
sociedades muçulmanas em que persistem crenças pré-islâmicas, como na Malásia
e na Indonésia. Magia, feitiçaria e adivinhação são encontradas em praticamente
todas as sociedades orientais conhecidas.
Normalmente acredita-se que a magia seja moralmente neutra, podendo ser
usada para fins benéficos ou maléficos. Os magos são procurados para prejudicar
ou proteger alguém. Para isso ele precisa saber executar os procedimentos rituais e
recebe recompensa por isso. “Segundo se acredita, essa habilidade pode ser
transmitida por herança, comprada por outros magos, ou ainda inventada pelo mago
para ser executada por ele mesmo.” (BARSA: Magia)
A Magia e feitiçaria são práticas muito antigas, por exemplo, na Roma antiga.
Na Roma antiga, muita importância foi dada à feitiçaria. Esse fenômeno
parece ter resultado do desenvolvimento de novas classes urbanas, cujos
membros dependiam de seus próprios esforços, tanto em termos
materiais como mágicos, para derrotar os adversários e alcançar o
sucesso. Há registro de fórmulas mágicas na cultura romana para obter
sucesso no amor, nos negócios, nos jogos e também proferir discursos
persuasivos. (BARSA: Magia)
Também nas culturas antigas Egito e Mesopotâmia.
A maioria dos relatos sobre a cultura mesopotâmica e a egípcia chama de
magia, ou formas de pensamento mágico ou mitopoético (relativo à
criação dos mitos) todos os rituais registrados. Os faraós do Egito, por

exemplo, reis divinizados, eram por isso mesmo venerados e tidos como
capazes de controlar a natureza e a fertilidade. Seus poderes como
mágicos, no entender dos estudiosos, eram expressão da onipotência
real. (BARSA: Magia)
Dentro da magia é incluída a adivinhação. Observe que os poderes do adivinho
advém dos mesmos espíritos que os magos, apenas diferindo no objetivo, enquanto
na magia se pretende alterar os acontecimentos, pela adivinhação se quer entendêlos.
(BARSA: Magia)
2.5- Bruxaria
Um dos materiais consultados traz de forma bem resumida a definição.
Bruxaria - (Wlthcraft) - Não era considerado um sistema de Magia até
virem à luz os trabalhos de Gerald Gardner, Raymond Buckland e Scott
Cuningham. As bruxas e os bruxos se reúnem nos covens, que por sua
vez encontram-se nos sabbats, as oito grandes festividades definidas
pelos solstícios, pelos equinócios e pelos dias eqüidistantes entre esses.
Os últimos são considerados mais importantes. (...) A Bruxaria é um misto
de métodos de Magia clássica (Ritual, Sexual, etc), com práticas de Magia
natural (uso de velas, incensos, ervas, banhos, poções, etc), cultuando
entidades pagãs em geral. Nada tem a ver com o Satanismo. Um Bom
exemplo desse sistema pode ser observado no Livro Brida de Paulo
Coelho. (Casa do Bruxo)
Cientificamente existem dificuldades em entender a bruxaria, esta prática
milenar e presente em culturas muito distantes entre si. Faz parte dos procedimentos
de muitas crenças animistas. Na cultura grega aparece em Homero, na mitologia
grega e entre vários autores como Apuleio, Petrônio e Horácio. (BARSA: Bruxaria)
A Barsa nos dá uma definição de bruxaria.
Bruxaria consiste no exercício, com intenção maligna, de pretensos
poderes sobrenaturais por meio de ritos mágicos e com o fim de causar
malefício a certas pessoas ou a seus bens, assim como benefícios diretos
ou indiretos a seus praticantes. (BARSA: Bruxaria)

Também no Antigo Testamento aparece a bruxaria, como por exemplo no caso
de Saul, que, apesar da proibição da lei de Moisés, consultou a feiticeira de Endor.
(BARSA: Bruxaria)
Nos séculos XVI e XVII houve uma verdadeira “epidemia” de bruxas (e os que
as combatiam). A bruxaria incluía a prática da magia, e quase sempre a invocação
do demônio e de seus poderes. A bruxaria tornou-se tema freqüente na literatura e
nas artes plásticas: sobressaíram, por exemplo, Macbeth, uma das mais célebres
tragédias de Shakespeare, e as gravuras de Baldung Grien e Jacques Callot.
(BARSA: Bruxaria)
Em geral, acusava-se de bruxaria mulheres velhas, mas com menor
freqüência também jovens e, excepcionalmente, homens. As acusações
registradas contra essas pessoas referiam-se a toda espécie de
malefícios contra a vida, a saúde e a propriedade: aborto das mulheres,
impotência dos homens, doenças humanas ou do gado, catástrofes e
temporais. As bruxas eram também denunciadas por pactos com o diabo.
Montadas em vassouras, voariam pelos ares e se reuniriam em lugares
ermos para celebrar o sabá e entregar-se a orgias. Como cultuariam
Satanás, considerava-se que este lhes aparecia como monstro cornudo e
sequioso de sacrifícios. (BARSA: Bruxaria)
Outros interpretam a crença nas bruxas como resquício de antigas religiões
autóctones européias, nunca inteiramente desarraigadas pela cristianização, que
depois se teria mesclado com doutrinas cristãs sobre o diabo. Por exemplo, as
Valquírias da mitologia germânica, que, como as bruxas, voavam pelos ares.
(BARSA: Bruxaria)
No interior da Inglaterra e de muitos outros países, porém, a crença na
bruxaria, sua prática e numerosos ritos de magia persistem até hoje.
(BARSA: Bruxaria)
2.6- Vodu
Encontramos uma descrição do Vodu, que retrata bem a questão da possessão
demoníaca, demonstrando que a mesma ocorre e como acontece.
As possessões que ocorrem no Vodu (como no Candomblé, Umbanda,
Quimbanda, Lucumí e Santeria), são reais, fruto da Invocação das

Entidades. A possessão no Vodu é um fenômeno completo e real. O
demônio "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta
num cavalo. As entidades "sobem" do solo para o corpo do indivíduo,
penetrando inicialmente pelos seus pés, daí "subindo", e isso é uma
sensação única e terrível, que só pode ser descrita por quem já teve tal
experiência. Cada Loa (Deus ou Deusa) do Vodu tem sua personalidade
distinta, poderes específicos, regiões de autoridade, além de insígnias ou
emblemas - "Vevés" e ferramentas. (Casa do Bruxo)
2.7- Exoterismo, espiritismo, anjos e demônios
O título do artigo do qual citamos alguns parágrafos abaixo, é “Bruxaria”.
Porém notamos que se dá o sentido como o exoterismo, uma mescla, ou
redefinição. Observe os termos “bruxa interior de cada um”, o qual conectamos com
“cada qual é um médium”. Fazemos algumas citações, entendendo que fica muito
claro de que se trata, de religiões antigas sendo resgatadas sob nova terminologia.
O contato com demônios vestido de uma linguagem específica, de aparência
moderna.
Tânia Gori descreve o que compreende como bruxaria. “é uma filosofia
ecológica e de harmonização interior”, onde cada um constrói sua fé como bem
entende, resgatando costumes primitivos, através da essência. É a interação do ser
humano com “a Mãe Natureza e aprendendo suas leis traz essa força para o seu
dia-a-dia, praticando dessa maneira a Bruxaria”. Toda pessoa tem uma bruxa dentro
de si “essa magia que faz parte da natureza humana desde que o mundo é mundo”.
“Dessa maneira nos tornamos verdadeiras cientistas da Natureza (...) Usando os
frutos da Mãe Natureza em prol das necessidades e conscientizando todos do
respeito que deve haver ao meio ambiente (...) Dessa forma a Bruxa busca através
da Natureza ajudar outras pessoas e principalmente a si mesma (...) Eu me atrevo a
dizer que a Bruxaria Natural é a ligação em comum entre as outras tradições, os
outros galhos da grande árvore da Bruxaria?”.
Numa página de explicações acerca da prática de aplicar “passes” no
espiritismo.
O passista é um sensitivo de energias circulantes afins, pelo que, no
momento do passe, não pode alimentar sentimentos vis. Precisa entregar
seu coração e sua inteligência à influência do amor, à sintonia com os

bons Espíritos, consciente de que, se doarmos luz, ficamos inundados de
claridade; mas, se oferecermos trevas, sofremos as conseqüências
decorrentes. (PIRES FILHO)
No mesmo site encontramos uma página que trata de anjos e demônios na
interpretação espiritualista.
Os anjos eram chamados de “daimones” pelos gregos, o que significa
também gênios ou seres sobrenaturais. Nessa categoria, encontramos os
obreiros de Deus: gnomos e duendes (terra); fadas e silfos (ar);
salamandras (fogo) e ondinas (água).
Os anjos (Daimones), que protegem os seres humanos, são diferentes
dos Daimones, que ficam fora do nosso controle. Eles são perceptíveis ao
nosso conhecimento, mas difíceis de mantermos contato, ainda que seja
possível entrar em sua sintonia. Os silfos, por exemplo, são elementos do
ar que nos ajudam na propagação dos recados.
Ficar em sintonia com seu anjo guardião é anular, neutralizar a força do
gênio contrário. Com isso sua vida há de prosperar, já que Deus é
prosperidade e quer que você prospere também. (PIRES FILHO)
2.8- Ocultismo
É um conceito que abrange várias teorias, práticas e rituais secretos, usando
para isso o invocar de “forças desconhecidas”, da mente ou da natureza.
O aparecimento de doutrinas ocultas ou esotéricas, que permanecem
restritas a um pequeno grupo de iniciados, é uma característica comum a
todas as antigas culturas. Com métodos próprios destinados a curar
enfermidades, obter determinados bens ou adivinhar o futuro, essas
doutrinas pressupõem a existência de espíritos e de forças ocultas que
governam o universo. Muitas das formas de ocultismo tiveram origem em
religiões secretas, tais como a bruxaria, que reproduzia, na Idade Média,
rituais de cultos pré-cristãos. Outras se baseavam em conhecimentos de
caráter filosófico, como a astrologia e a alquimia, que se propunham uma
síntese de todo o saber. (BARSA: Ocultismo)

2.9- Religiões Afro-brasileiras
No contexto brasileiro o tema da invocação de espíritos estaria incompleto sem
abordar os cultos afro-brasileiros, os quais acompanhas quase toda a história do
Brasil. A culto que mais fielmente preservou as tradições dos antepassados é o
candomblé, enquanto a umbanda é francamente sincrética, com o espiritismo
kardecista e o catolicismo. A invocação das entidades é acompanhada por cantigas
e danças específicas, puxadas pelo pai ou mãe-de-santo e é seguido por um coro
em uníssono, formado pelos filhos-de-santo. “Os cânticos denominam-se pontos e,
como no candomblé, têm a função de chamar o santo, que se incorpora nos filhosde-
santo, ou cavalos.”
Xangô, além de descrever um dos tipos de cultos, é também a denominação,
em língua africana, do orixá jeje-nagô das tempestades, raios e trovões, cultuados
em vários estados do Brasil. Os orixás se comunicam diretamente com as pessoas
em poucas oportunidades; preferem fazê-lo por intermédio de entidades
intermediárias, os pretos velhos. (Barsa: cultos Afro-brasileiros)
No Brasil, as mais representativas entidades supra-humanas são de
origem africana, os exus. Entre os entes de origem indígena, mencionemse
o anhanga e o jurupari. (BARSA: Demonologia)
2.10- Magia e Religião
A magia costuma penetrar nas religiões. Vários sistemas religiosos têm como
núcleo a magia e seus fenômenos. Além disso a magia é um fenômeno social e
cultural existente em todas as civilizações, e até mesmo no tempos atuais ela
convive lado a lado com o pensamento científico e tecnológico.
A diferença entre magia e religião está mais no compromisso pessoal, sendo
que na magia o vínculo pessoal não é tão importante como na religião. O ato mágico
é visto mais como um procedimento técnico, “embora a força que está por trás dos
atos mágicos e religiosos seja a mesma.”
A magia, em suas diferentes formas, parece integrar todos os sistemas
religiosos conhecidos. O conhecimento sobre a magia pré-histórica é
limitado, em função da falta de dados confiáveis. Muitas pinturas e
gravações em cavernas são tidas como representações de figuras
entregues à prática da magia orientada para favorecer a caça e as

atividades do feiticeiro. As informações sobre os fenômenos mágicos das
antigas culturas orientais, greco-romanas, cristãs européias e das
sociedades primitivas contemporâneas são muito mais completas.
(BARSA: Magi

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